sábado, 29 de maio de 2010

Coisas da idade

17 anos.

Uma idade prazerosa... Ou não.

Quando eu estava no primeiro ano do ensino médio foi tudo muito divertido. Fui para um novo colégio, conheci novas pessoas, enfim, o que eu fiz de menos foi estudar. De fato, assumo aqui que 2007 foi um ano só para curtir. Não tinha noção de vestibular e fazer a prova da primeira fase não me preocupou tanto até eu perceber que a minha nota estava baixa. Aí, sim, eu me dei conta de que na minha vil ignorância eu estava lidando com uma coisa muito séria.
No segundo ano, mudei de colégio, me distanciei de algumas pessoas e me aproximei de outras. Felizmente, essas mudanças me trouxeram bons resultados. Estudei consideravelmente o bastante para fazer uma boa prova. Foi um ano muito bom porque, além de ter me interessado mais em estudar, conheci uma pessoa maravilhosa que me ajudou muito desde quando a conheci. Foi bom, também, porque aproveitei a amizade de uma pessoa que logo logo saberia que perderia. Eu consegui notar que algumas coisas mudariam drasticamente, e foi o que aconteceu.
O terceiro ano foi muito difícil. Começando pela pressão do vestibular, a escolha do curso, as intermináveis aulas, enfim, essas coisas. A minha turma não era lá uma das melhores, ter que aguentar algumas pessoas (até um professor estúpido) foi uma tarefa extremamente complicada. Confesso que, pra mim, aquele era uma ambiente hostil, não me sentia à vontade.
Não posso esquecer de contar os problemas em casa, que parece tudo menos um lar. Imaginem ter que viver em dois ambientes que você não gosta.
Tive ainda uns problemas com algumas pseudo-relações ******** que me deixaram numa situação insuportável, foi horrível.
Parei de falar com umas amigas por um tempo, o que pra mim foi muito bom, digo mesmo, porque percebi que algumas pessoas não valiam a pena e outras não tinham tanta importância. Depois voltamos ao normal, não ao normal, como era antes, mas voltamos a nos falar.
Perdi um amigo.
Perdi minha paciência.
Estudei.
Fiz zilhões de provas.
Depois disso, passei no vestibular.
UFPA!
QUE ALÍVIO!
Quando eu ouvi meu nome foi como se algo muito pesado tivesse saído de mim. Eu entendi o que as pessoas queriam dizer quando falavam que um peso tinha saído do ombro delas. Foi muito bom, comemorei muito nesse dia. Ainda mais porque estava cursando UEPA e queria muito sair de lá, achei insuportável. COMEMOREI MUITO NESSE DIA! Nunca vou esquecer...
17 anos.

Uma idade prazerosa... Ou não.
Agora, digo que 17 anos, pra mim, não é uma idade prazerosa. Quando eu passei, achei muito legal ainda ter 17 anos, as pessoas nos parabenizam e todas essas coisas. Mas não foi tão bom quanto eu pensei. Começei a acordar 4:30, estava tudo escuro, ainda, foi muito estranho pra mim. Quando cheguei na universidade, na primeira semana já queria desistir. Não tinha gostado da turma nem da primeira aula. Na saída eu literalmente corria para ir embora. Sem falar que, chegando em casa, era outro aborrecimento.
As outras semanas também não foram tão boas. Me sentia uma estúpida em meio a tanta gente mais velha que eu. Comecei a pensar se aquele era realmente o curso que eu queria. Eu, que nunca fui comunicativa, estava cursando comunicação social. QUE DIABOS EU FIZ? Não sei porque sempre quis cursar jornalismo. Espero saber se continuar no curso.
Hoje, falo com algumas pessoas da turma e tenho carinho por outras. Existem umas que, realmente, não suporto e tenho certeza que não vou suportar nesses 4 anos se, como disse antes, continuar no curso. Estou pensando em fazer vestibular de novo no final do ano, mas não comentei isso com muitas pessoas.
Quero ir embora de casa, mas não dá agora. Espero que, em breve, isso aconteça.
Essa é a minha vida.
Quem me vê, por aí, calada e sempre desligada, não sabe o que acontece dentro de mim.