quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Imagem e Semelhança.

Eu vejo o mundo, eu vejo o caos.
Eu sou o mundo, eu sou o caos.

Eu vi o que eles fizeram.
Eu fiz o que eles fizeram.
Eu sou o que eles fizeram.

Eu sou o que há de pior.

Eles me enganaram.
Eu me enganei.
Eu te enganei.

Eu sou o que ninguém vê,
Eu sou o que todos veem,
Eu sou o mesmo que você.

Eu sou o que há de pior.

Eu quis dizer algo diferente.
Eu quis fazer algo diferente.
Eu quis algo diferente?

Eu sou a fonte inesgotável.
Eu sou a montanha inabalável.
Eu sou o Deus inquestionável.

Eu sou o que há de pior.

Eu me calei.
Eu consenti.
Eu menti.

Para mim, para você, para todos nós.

Eu sou o que há de pior.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

PEOPLE DON’T CHANGE!

Como já dizia o meu querido Gregory House: “Pessoas não mudam.” Pessoas mudam o que pode ser mudado, como opiniões. Não elas mesmas, isso é impossível. Não podemos nos resumir a tão pouco quando o nosso íntimo é um ser tão obscuro até para nós mesmos. O que eu quero dizer é que nós somos quem nós conhecemos e não quem o outro conhece. É tudo uma questão de interpretação, como cada pessoa vai te interpretar. Ou seja, você é uma pessoa para cada pessoa que conhece.

Mundo louco, não?! Pois é... O difícil mesmo é se reconhecer no meio de tantos “eu”. Seria bem mais fácil poder escolher aquele que mais nos agrada. Escolher o que nós não somos. Mais difícil ainda é aceitar ser você, essa bagunça de emoções e sentimentos que te deixa tão confuso... Isso é ser humano. Agradável? Eu não acho, mas não posso afirmar nada porque jamais fui outra coisa a não ser uma sapiens.

As pessoas esperam por um milagre, esperam que você mude, criam expectativas enormes em torno de algo que nunca vai acontecer e acabam se decepcionando. E, como se tudo isso não bastasse, colocam a culpa em você e na sua falta de capacidade de ser uma pessoa novinha em folha!

(...)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

"Você está fantasiando demais!"

(Fonte desconhecida)

Eu costumo ouvir demais essa frase das pessoas que convivem comigo. É como se o meu estômago fosse atingido por um golpe brutal que me faz cair ao chão. É como uma fada que morre logo após uma criança dizer em voz alta que não acredita em uma dessas criaturinhas mágicas. É triste e me deixa desmotivada.

As pessoas não acreditam mais em histórias de amores eternos ou no "viveram felizes para sempre." É uma pena, porque viver uma vida em que não se tem expectativas de um contentamento duradouro é o mesmo que viver em vão. Buscamos sempre coisas que vão nos satisfazer e, consequentemente, nos deixar em um estado total de alegria. Por que não haveria de ser assim? 

Vivemos em um mundo onde os sonhos se resumem a muito pouco. É claro que diferentes pessoas têm diferentes tipos de sonhos. Mas, a questão principal, é que os sonhos que dizem respeito ao plano subjetivo, e não ao material, são julgados como tolos. Se você disser que a sua principal razão de existir é querer encontrar alguém que te faça a pessoa mais feliz do mundo e que com ela você quer construir uma família, vai receber o olhar mais torto de todos.

Falo isso por experiência própria. Quando me apaixonei pela primeira vez por um garoto que eu nem conhecia e com o qual nunca havia trocado uma dúzia de palavras, meus amigos acharam engraçado. Talvez porque a maioria deles nunca tivesse passado por essa experiência. Talvez porque esse tipo de coisa seja rara. Mas, quando eles perceberam que aquilo já estava durando muito, me desacreditaram de que tudo aquilo valia a pena. Acusaram-se de sonhar demais, como se este fosse o pior dos crimes. Se fosse o caso, seria condenada à prisão eterna.

Os sonhadores são renegados a uma parte da sociedade que fica no canto. A minoria. Uma minoria  ativa que ainda vive buscando realizar coisas maiores do que a razão pode entender, do que o resto do mundo pode entender.

Quero ter o direito de sonhar e não quero que ninguém me impeça de fazê-lo! Não diga que isto faz mal para mim, porque não faz. Pelo contrário, se eu não puder me alimentar de todas essas ilusões que crio, morrerei. Morrerei de infelicidade e angústia de não poder viver o que tanto quero.