O que não vejo,
É porque eu sinto.
Quem há de contrariar
O coração ferido
De uma moça 
Levada
A acreditar 
Na vida
Como ela não é?
O demônio das onze horas
Nunca vai embora, de verdade.
Ele espera calado,
Na estação, 
O próximo trem
Que sempre vem.
 
