segunda-feira, 30 de março de 2015

Ana K.

Se insisto em ver
O que não vejo,
É porque eu sinto.

Quem há de contrariar
O coração ferido
De uma moça
Levada

A acreditar
Na vida
Como ela não é?

O demônio das onze horas
Nunca vai embora, de verdade.

Ele espera calado,
Na estação,
O próximo trem

Que sempre vem.