sexta-feira, 11 de março de 2011

Carta para um amigo II

Querido amigo,
Sabe, às vezes, quando eu durmo, sonho com coisas que me deixam a sensação de já terem acontecido. Mas, não sei... Parecem tão distantes! E então fico divagando durante horas sobre o passado. A falta de contato, de diálogo, de presença, e até mesmo do toque, do cheiro, do olhar das pessoas amadas fazem com que nos distanciemos cada vez mais de tudo o que foi compartilhado por ambos. O pensamento, no começo, satisfaz, mas nunca é o bastante. A saudade chega devagar, mas, com o desenrolar da vida e de novas situações, e a falta de alguém que possa te aparar, faz com que ela se intensifique. E, então, você volta no tempo e lembra o momento em que cada um teria que tomar o seu caminho. Vocês disseram que manteriam contato, que telefonariam, mandariam e-mails, enfim... Parecia tão simples! Mas nem todos puderam cumprir suas promessas. O tempo passou e você resolveu adiar aquele encontro porque tinha outra coisa importante a fazer, ou, então, não deu aquele telefonema porque não achou que seria importante. Na hora você não sentiu que seria difícil. Mas, agora, você sente a dor da verdadeira separação. A verdadeira solidão.
Mas nem tudo está perdido. Se você pensar bem, vai perceber que, por mais que tenham tomado caminhos diferentes, seus amigos foram os que construíram o seu passado, e isso será eterno. Você não reconheceu o quão importante eles eram, mas isso acontece com os melhores amigos (rs). Você pode retomar de onde parou, se eles entenderem mesmo a situação vão saber que esse é o certo a fazer. Nada vale mais a pena fazer do que reconstruir algo que deu certo e que ainda pode dar. Dai pra frente é só pensar no futuro!
Quero expressar aqui, o imenso amor que guardo por você!
Carinhosamente,
Amanda.

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