domingo, 27 de novembro de 2016

Comecemos com a imposição.

Nascemos, simplesmente. Não há perguntas, não há respostas. Há somente o 'sair da caverna'. Acho esse um mau começo. O mundo simplesmente espera que sejamos gratos pela vida, que queiramos viver. Mas que mundo é esse que não é igual para todos? Eu sei, eu sei, a vida não é justa e temos que batalhar para conseguirmos o que queremos. Eu sei, mas não concordo. Queria que a minha vida fosse fácil, e que meus desejos se realizassem.

O que pedem de mim é muita coisa! Tenho uma agenda completa de coisas para fazer, que me custarão anos para serem realizadas e que, com um pouco de sorte, trarão alguns frutos. Mas porque tenho que viver uma vida toda com um saldo tão pequeno de realizações?

Às vezes busco a morte em ruas escuras e esquinas mal iluminadas. Não nego que meu coração bate muito forte, e que não tenho medo. Tenho muito! Apesar dos vários ensaios que aconteceram em minha mente, o momento real é assustador. Até hoje, nunca aconteceu. O ato final, quero dizer.

Pergunto-me o porquê, já que às vezes esse é o meu desejo mais urgente. Não posso deixar de pensar que é o mundo conspirando contra mim. Ele vive e é mal, mas não sei realmente o que fiz para merecer tal castigo.

[Texto encontrado entre rascunhos, deve ser provavelmente de 4 ou 5 anos atrás]

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