sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O que eu queria falar é que estou cansada de ficar cansada. Essa montanha-russa de emoções que a vida é me desgasta e não há um dia sequer em que eu não pense em dar no pé. Se existir já é complicado por si só, viver, então, nem se fala. O ser humano é o animal mais difícil de se entender, e me ver refletida nesses milhões de corpos mundo afora me deixa frustrada. Eu vejo o que eles fazem e isso não me deixa feliz. Não quero ser como eles, apesar de ser um deles. Como posso acreditar em uma felicidade vendida em livros se nunca vivi algo parecido? Eles querem que a gente acredite nisso enquanto vivendo mediocremente, comprando o que está na vitrine das lojas mais caras como se isso fosse nos ajudar a ter o mínimo de dignidade. Mas, não. Eu gastei o pouco que tinha procurando em cada pedaço de plástico a resposta para entender porque, diabos, isso me faria feliz. Como um objeto inanimado poderia se tornar o meu maior companheiro nos últimos anos? Aonde foi que tudo isso começou? E cá estou tentando entender para que eu sirvo e não consigo achar uma boa resposta. Como eu posso viver desse jeito? Não consigo nem responder a estas perguntas que eu mesma criei... Sigo um caminho tortuoso e nem sei se ele vai dar em alguma coisa. Só queria um indício de que viver vale mesmo tudo isso, todo esse sofrimento. Espero ser positivamente surpreendida, apesar de achar esta uma possibilidade muito remota. Seguirei, apesar dos pesares, esta trilha. Já que estou aqui, vou tentar.

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